O NOVO MUNDO
Sinto vontade de agitar os céus
Carregar as nuvens às costas
E decidir eu das chuvas, do gelo e da neve.
Apetecia-me trepar as estrelas
Chegar ao Sol e acalmar os ultravioleta;
Usar os tufões e os tornados
para eclipsar o lixo e a poluição;
Pedir ajuda às baleias para limpar os mares;
Chamar escorpiões e iguanas
e plantar árvores nos desertos.
Num passe de mágica ressuscitar a primitiva Amazónia,
Erradicar todas as religiões e ideologias politicas
E instituir uma nova filosofia:
Tudo na sociedade só seria permitido se fosse benéfico ao Homem,
na Natureza se beneficiasse os seres vivos,
E no planeta se servisse à sua preservação.
Tudo segundo as regras do direito natural.
O mesmo que determina o amor a um filho
e explica a atração macho-fêmea,
sem que seja preciso recorrer à imposição de quaisquer regras.
Num dado momento histórico esta concepção adquiriria um código genético universal
E seria hereditariamente transmissível.
Chamar-se-ia simplesmente " O Novo Mundo"
e nele imperaria a felicidade de todas as formas de existência.
ASC © - reservados todos os direitos
16/10/2015; 23H55
Arte: Merello, "Mujer azul"
Nenhum comentário:
Postar um comentário