quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O NOVO MUNDO



O NOVO MUNDO

Sinto vontade de agitar os céus
Carregar as nuvens às costas
E decidir eu das chuvas, do gelo e da neve.
Apetecia-me trepar as estrelas 
Chegar ao Sol e acalmar os ultravioleta; 
Usar os tufões e os tornados
para eclipsar o lixo e a poluição;
Pedir ajuda às baleias para limpar os mares;
Chamar escorpiões e iguanas 
e plantar árvores nos desertos.


Num passe de mágica ressuscitar a primitiva Amazónia,
Erradicar todas as religiões e ideologias politicas 
E instituir uma nova filosofia:
Tudo na sociedade só seria permitido se fosse benéfico ao Homem,
na Natureza se beneficiasse os seres vivos,
E no planeta se servisse à sua preservação.

Tudo segundo as regras do direito natural.
O mesmo que determina o amor a um filho 
e explica a atração macho-fêmea,
sem que seja preciso recorrer à imposição de quaisquer regras.
Num dado momento histórico esta concepção adquiriria um código genético universal
E seria hereditariamente transmissível.
Chamar-se-ia simplesmente " O Novo Mundo"
e nele imperaria a felicidade de todas as formas de existência.

ASC © - reservados todos os direitos
16/10/2015; 23H55

Arte: Merello, "Mujer azul"

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