PERPETUIDADE
Estremeço dos poemas que quero escrever-te
E das metáforas que te definem.
Poemas intangíveis ao meu verbo
Metáforas desmesuradas para a minha pena.´
Ainda assim, quero escrevê-los e concebê-las;
Não eu, mas as vozes que me falam dos labirintos cardíacos.
Exaltam-se-me os dedos nas madrugadas insones
Mas a solidão grita alto no vazio das paredes
Amordançando as outras vozes interiores.
Mas quem sabe?
Talvez se perpetuem as palavras que se calam
Nos gritos silenciados que jamais enrouquecerão.
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18/10/2015; 04H40
Arte: “Romeu e Julieta” (1884) de Frank Bernard Dicksee
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