quinta-feira, 29 de outubro de 2015

PERPETUIDADE



PERPETUIDADE

Estremeço dos poemas que quero escrever-te
E das metáforas que te definem.


Poemas intangíveis ao meu verbo
Metáforas desmesuradas para a minha pena.´

Ainda assim, quero escrevê-los e concebê-las;
Não eu, mas as vozes que me falam dos labirintos cardíacos.

Exaltam-se-me os dedos nas madrugadas insones
Mas a solidão grita alto no vazio das paredes 
Amordançando as outras vozes interiores.

Mas quem sabe?
Talvez se perpetuem as palavras que se calam
Nos gritos silenciados que jamais enrouquecerão.

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18/10/2015; 04H40

Arte: “Romeu e Julieta” (1884) de Frank Bernard Dicksee

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