INCÓMODO
Tenho um nó na garganta,
Um misto de sal e de sol,
Como se os sorrisos que trago asfixiassem as lágrimas que sempre me acompanham
Enquanto se afogam neste mar de águas suspensas.
Habitam-me inquietos paradoxos humorais
Que me trazem dores a um corpo que não parece meu;
Invólucro incómodo do qual às vezes gostava de libertar-me...
Ainda assim, receio que sobrasse só a parte dolorosa da alma.
Aquela que me faz companhia nos momentos de solidão
E não me deixa ser verdadeiramente livre.
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24/10/2015; 23h04
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