QUANDO AS ESTRELAS SE APAGAM
Fatigadas, as manhãs trazem o sabor insone da madrugada
E coroam de chumbo o azul límpido dos céus de verão.
Leve a neblina, para mim densa como de inverno,
E nem as flores virtuosas me oferecem côr com alegria.
Ao meio dia, o sol enfraquece muito aquém da temperatura;
E na hora do ocaso, toldados pelo sal agreste da agonia,
Os olhos fecham-se ao espetáculo crepuscular.
Mas quando, finalmente, a noite estende o seu manto,
A lua pálida esconde-se por trás das estrelas apagadas
E o silêncio impõe-se na impoluta escuridão.
Só então os meus órgãos relaxam no corpo exaurido
E eu, enfim, sossego, na minha perene solidão.
ASC
(direitos reservados)
Belíssimo poema Ana Sofia Carvalho.
ResponderExcluirObrigado Beth!
ResponderExcluirPoetisa; fiquei maravilhado com seu poema. Não pare, por favor. Abraço.
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