segunda-feira, 13 de junho de 2016

QUANDO A VIDA DÓI






QUANDO A VIDA DÓI

Quando a vida me dói sinto vontade de correr
Perder-me por aí, sem mapas nem destino,
Guiar-me só pelo calendário e relógio do Sol
Ir escolhendo, em cada dia, o meu caminho.


Esquecer tudo, o que antes me fez rir e chorar,
Apagar os ressentimentos e as desilusões,
E livre do passado, crer que posso recomeçar, 
Que a vida é feita de novos projetos e ilusões.

Mas olhamo-nos e vemos as rugas no rosto,
As marcas do tempo na pele, por todo o corpo,
A tez baça, curvas indefinidas, o brilho deposto.

Súbito, o ânimo que sentíamos queda-se amorfo,
As lágrimas antes suspensas recobram a gravidade
E enfrentar tudo parece ser a única verdadeira liberdade!

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18/10/2015; 01H50

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