SONETO DO AMOR
Do sorriso fácil que colas na minha boca emanam pombas brancas
E dos olhos bem abertos resplandece a paz interior que me domina
Tenho jardins de orquídeas e rosas a desabrocharem no meu peito
E crescem-me asas livres no pensamento como quando era menina!
A minha pele tornou-se suave e macia como a ternura que me avassala
E dos meus lábios pendem beijos infinitos como o céu que nos envolve
Nas mãos nascem-me estrelas cintilantes que quase parecem mágicas
E tudo isto que sinto, que é tão belo, o mundo estranhamente me devolve!
Já não quero percorrer os caminhos sombrios e vãos
Nem quero perecer nos abismos escuros da vaidade
Ou suspirar melancolias que me deixam cega à vida
Quero perder-me para sempre no carinho das tuas mãos
Deter-me neste estado permanente de amor e de verdade
Entregar-me à Felicidade que Deus entendeu ser-me devida!
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Arte: Eros e Psiqué
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