Arte: Braque
INFÂNCIA LONGÍNQUA
Dantes o universo cabia inteiro na palma da minha mão
E não havia mistérios que um simples olhar não desvendasse
Nem propósitos impossíveis ao coração
Ou lugares aonde o destino não me levasse.
Depois, não sei se, distraída, fui eu que minguei
Ou se foi o mundo que, intrépido, cresceu;
Certo é que ficou bem maior que eu,
E cheio de destinos longínquos
e propósitos impossíveis
e cada vez menos amanhãs para mudar tudo...
Hoje,
Parece que toda a infância foi uma ilusão
E que nunca aconteceu.
E o que sou hoje, nunca antes me ocorreu!
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27/10/2015; 03h00
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