segunda-feira, 13 de junho de 2016

INFÂNCIA LONGÍNQUA

Arte: Braque



INFÂNCIA LONGÍNQUA

Dantes o universo cabia inteiro na palma da minha mão 
E não havia mistérios que um simples olhar não desvendasse 
Nem propósitos impossíveis ao coração 
Ou lugares aonde o destino não me levasse.


Depois, não sei se, distraída, fui eu que minguei
Ou se foi o mundo que, intrépido, cresceu;
Certo é que ficou bem maior que eu,
E cheio de destinos longínquos 
e propósitos impossíveis 
e cada vez menos amanhãs para mudar tudo...

Hoje,
Parece que toda a infância foi uma ilusão 
E que nunca aconteceu.
E o que sou hoje, nunca antes me ocorreu!

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27/10/2015; 03h00

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