DEVANEIOS POÉTICOS
Entre uma taça de vinho tinto e um cigarro, sorvo o sabor claro da noite
E deixo os meus dedos vaguearem entre as searas altas das palavras...
Ardem-me doces na boca os gotejos suspensos das ternuras ensaiadas
E a minha pena treme das ondulações insones dos versos que acoita...
Aqueço-me no brilho das luzes estelares que intangíveis me cobrem
Sentindo um frio arrepio confortável na coluna erguida mas cansada
Os olhos tombam das pálpebras despertas por entre pestanas veladas
E estremeço dos sorrisos loucos que as ideias desvairadas me causam...
Deixo o corpo relaxar nestas sensações únicas, suaves e oníricas,
E espraiando-me com preguiça na chaise longue da minha sala
Abro a alma à poesia e o coração ao amor tardio que encontrei
E permito-me voar nestes devaneios em que te recordo
e onde saudosa e lânguida te desejei...
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